terça-feira, 24 de novembro de 2009

Para obter mais informações sobre o II Seminário de Educação visite o link abaixo:

http://redesdamare.org.br/home/


Nova data para envio de artigos

Foi prorrogado o prazo para a seleção de artigos para a publicação “Escola, Violência e Segurança Pública: caminhos possíveis para a melhoria da Educação na Maré”. Os interessados em participar do processo de seleção, deverão enviar seu artigo para o e-mail seminarioeducacaomare@gmail.com até o dia 20 de dezembro de 2009.

A proposta da publicação é fruto do I Seminário de Educação da Maré: refletindo sobre no Ensino Fundamental, com o  objetivo de socializar os resultados das avaliações dos alunos das 16 escolas de ensino fundamental localizadas na Maré.

Visando contribuir para a elaboração de um plano conjunto de ações para o bairro, esta iniciativa pretende contar com a participação dos profissionais de educação atuantes na região, a partir de suas reflexões e relatos de suas experiências nas escolas.

Participe!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Entrevista com: Eblin Farage*

Durante o período de organização do I Seminário de Educação da Maré, a equipe de comunicação da Redes entrevistou algumas pessoas que estão envolvidas com o evento para saber suas opiniões sobre temas ligados à educação e ao seminário. Confira!

*Eblin Farage é Doutoranda de Serviço Social pela Uerj, Diretora da Redes de Desenvolvimento da Maré e Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Favelas e Espaços Populares.

1. Como a favela vem sendo tratada pelo poder público?
 

De forma geral, a favela ainda é tratada pela maior parte do poder público como espaço de subalternização, ou seja, é tratada de forma pouco qualificada.  Isso pode ser identificado na qualidade das políticas públicas inseridas nesses territórios.
A favela, e por consequência seus moradores, ainda são vistos como algo a parte da cidade, o que acaba por produzir estigmas, estereótipos e um tipo de intervenção pública que não parte do direito e não prima pela dignidade humana.

2. Qual a importância da criação do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Favelas e Espaços Populares dentro de um bairro como a Maré?

O objetivo de criar o Núcleo é o de construir um espaço de articulação de pesquisadores oriundos e/ou atuantes nos espaços populares, como forma de qualificar as análises e as produções teóricas sobre esses espaços. Nosso desejo é criar uma rede de pesquisadores que possam produzir, a partir da realidade dos espaços populares, reflexões e análises que, de formas diferentes, contribuam para a qualificação das políticas públicas e para o reconhecimento desses espaços como cidade.
Outro objetivo do Núcleo é contribuir para a qualificação teórica dos projetos e ações desenvolvidas pela Redes de Desenvolvimento da Maré, por isso pensar em ações que estejam imbricadas no objetivo maior da instituição e que contribuam para a construção de um projeto estruturante para a Maré.


3. Por que a realização do I Seminário de Educação na Maré como primeira ação do Núcleo?

O I seminário de educação da Maré surge como iniciativa da REDES, por conta de sua longa trajetória na área de educação, em especial pelo Programa de Criança Petrobras na Maré. Como um dos objetivos do Núcleo é contribuir com a concretização de ações e projetos que estejam voltados para um projeto estruturante para a Maré, avaliamos que essa seria uma ótima oportunidade de dar início as nossas ações, já que consideramos a Educação uma área fundamental de atuação para pensar um projeto de desenvolvimento para a Maré.
O Núcleo é formado por educadores e professores, que têm vínculos diferenciados com a REDES e com a Maré.  Então, para nós, foi mais do que natural aceitar esse desafio, além de ser muito prazeroso contribuir para pensar a educação na Maré e a superação de suas dificuldades.


4. O Seminário também está lançando um edital de seleção de artigos para a publicação “Escola, Violência e Segurança Pública: caminhos possíveis para a melhoria da Educação na Maré”. Qual a importância desse edital e da publicação?

Essa será a primeira publicação organizada pelo Núcleo, e com ela vem a expectativa de dar início a uma série de publicações que reflitam, pensem e indiquem caminhos para o trabalho realizado na Maré.
Acreditamos que a organização de uma publicação como essa também é o espaço para que pessoas troquem informações, se conheçam e juntas possam pensar e propor alternativas para os problemas da Maré, neste caso a educação, segurança pública e violência.

Um livro não é apenas um espaço de produzir um artigo, um conhecimento individual, mas, ao contrário, é o espaço de socializar reflexões coletivas, aprendizados e boas práticas. È nesse caminho que apostamos, por isso a realização de tantas parcerias, pois acreditamos que esse trabalho de pensar a Maré deve ser construído coletivamente.




quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Entrevista: Maria Valeria Pinto Medici

Durante o período de organização do I Seminário de Educação da Maré, a equipe de comunicação da Redes entrevistou algumas pessoas que estão envolvidas com o evento para saber suas opiniões sobre temas ligados à educação e ao seminário. Confira!

*Maria Valeria Pinto Medici é coordenadora da IV Coordenadoria Regional de Educação.

1. Como a IV CRE vê esse momento de interação entre escola-comunidade, unidas para pensar novos caminhos para a Educação na Maré?

Considerando a importância da Educação na formação de cidadãos comprometidos com o espaço em que vivem e com uma sociedade mais justa e solidária, a E/SUBE/4ªCRE entende que a interação entre escola-comunidade apresenta a possibilidade e a oportunidade de “romper com o reducionismo e arcaísmo do Ensino e ousa, através de sua recriação, sintonizar nossas escolas com o Tempo em que vivemos e a sociedade que buscamos reconstruir, através de ações autônomas e solidárias” (in Multieducação, 1996), reconhecendo a complexidade do universo no qual a Maré está inserida – a cidade do Rio de Janeiro, suas famílias e seus filhos – alunos da nossa Rede, com todas as suas histórias e marcas sócio-econômicas, históricas e culturais.


2. Qual a importância da parceria entre a Redes de Desenvolvimento da Maré, a SME e a IV CRE na realização do I Seminário de Educação da Maré?

A E/SUBE/4ªCRE, como extensão da Secretaria Municipal de Educação, vê e se compromete com este Seminário, por acreditar que este é mais um espaço democrático e genuíno de diálogo, por ser tecido pelas mãos dos atores que, em seu cotidiano, vivem, convivem e percebem a riqueza, a diversidade e o potencial desta comunidade.

3. O Seminário também está lançando um edital de seleção de artigos para a publicação “Escola, Violência e Segurança Pública: caminhos possíveis para a melhoria da Educação na Maré”. Como essa publicação contribui para superar o desafio do baixo desempenho escolar?

Materializar o fruto das discussões é, sem dúvida, um instrumento importante porque desperta o sentimento de pertencimento em todos aqueles que se comprometem com esta tarefa, em se tratando de temas tão pertinentes e diretamente relacionados ao cotidiano das escolas. Estas produções vêm revitalizar o currículo pautado numa concepção sócio-histórico-cultural, ampliando a visão desta comunidade que se reconhece, atua, significa e resignifica conhecimentos, solidificando as bases pedagógicas e repercutindo, consequentemente, numa Educação de qualidade.
 

Finalizamos, citando as palavras da Secretária de Educação – Claudia Costin: “Dar um salto de qualidade na Educação não é uma tarefa fácil e nem se resolve em um ano. Envolve esforço de todos: educadores, pais, sociedade civil, e poder público.” (www.rio.rj.gov.br/sme).




terça-feira, 3 de novembro de 2009

Entrevista: Eliana Sousa Silva*

Durante o período de organização do I Seminário de Educação da Maré, a equipe de comunicação da Redes entrevistou algumas pessoas que estão envolvidas com o evento para saber suas opiniões sobre temas ligados à educação e ao seminário. Confira!



*Eliana Sousa Silva é Doutora em Serviço Social e Diretora da Redes de Desenvolvimento da Maré.











1. Você defendeu recentemente sua tese de doutorado discutindo o “Contexto das Práticas Policiais nas Favelas da Maré”. Quais são as considerações centrais de sua análise?

      Há várias outras reflexões trazidas pela análise do contexto das práticas dos policiais militares na Maré. Aponto na tese muitas questões que me parecem relevantes para dimensionar devidamente o fenômeno da violência e da segurança pública. Em primeiro lugar, um aspecto muito importante para mim na elaboração da tese, foi o contato com os policiais do Batalhão na Maré. Tive, assim, condições de lidar com eles de outra forma, e compreender melhor o sentido de suas ações – o que não me leva, naturalmente, a justificá-las. Tive também condições, no processo de entrevistas, de melhor compreender as percepções dos entrevistados, sejam eles os moradores, os integrantes dos grupos armados ou os policiais, o que permitiu uma maior “humanização” desses personagens. Desse modo, foi possível apreender o caráter estruturante do problema da violência, o sofrimento de todos os envolvidos com o fenômeno e os limites presentes nas estratégias vigentes no campo da segurança pública.

Nessa compreensão global do quadro da segurança e da violência, cabe aqui destacar dois aspectos centrais: o primeiro diz respeito à profunda distância entre a polícia e os moradores da Maré. Esse hiato não foi superado nem mesmo depois da instalação, em 2003, de um Batalhão na região. Quanto falo de distância, quero enfatizar que não existe uma relação entre o que deveria ser a atividade principal do órgão - a garantia da segurança dos que ali residem, e suas práticas cotidianas. De fato, a polícia não trabalha para garantir esse direito; pelo contrário, seu objetivo é o enfrentamento bélico com os grupos criminosos armados que dominam o território, mesmo colocando em risco a vida do conjunto dos cidadãos locais.

O fato assinalado ocorre porque, historicamente, o Estado não exerceu a soberania nas favelas e periferias do Rio de Janeiro. Soberania significa a capacidade de uma instituição, em geral o Estado, garantir a regulação da ordem social, o cumprimento de regras coletivas, em um território determinado. Essa soberania estatal é fundamental para garantir que direitos básicos, como a preservação da vida e de ir e vir, dentre outros, possam acontecer no conjunto da cidade, inclusive nas favelas. Nesse sentido, ocorreu a privatização da regulação da ordem nos territórios populares. Assim, a segurança pública, que deveria ser para todos os cidadãos, vem sendo pensada em função, apenas, dos segmentos dominantes da sociedade. Portanto, há que se superar as representações e práticas fragmentadas do espaço da cidade, integrando os territórios das favelas como parte constitutiva do espaço urbano.

Para isso, precisamos superar os paradigmas do “enfrentamento bélico” e da “guerra às drogas” como referências centrais da concepção de Segurança Pública. Há necessidade de construir um novo paradigma para a Segurança Pública, centrado no conceito de Segurança Pública Cidadã. Ele pressupõe, por exemplo, que a Segurança Pública não pode ficar somente nas mãos das corporações policiais, pois não será a partir dela que as transformações necessárias ocorrerão. A sociedade civil e outros setores do Estado são fundamentais no processo de construção de alternativas.

A hegemonia atual da estratégia das forças de segurança é reforçada pelas limitações ainda presentes, por parte da grande maioria dos moradores da cidade, na compreensão dos direitos de cidadania, na afirmação de uma cultura republicana e de pouca valorização dos direitos humanos. Assim, curiosamente, já há instrumentos conceituais, técnicos e políticos para construir outra política de segurança pública, efetivamente cidadã; mas, para isso, precisamos superar as representações tradicionais e convencer a população de que essa estratégia não é inevitável, que outros caminhos são possíveis, e com muito mais chance de conseguir atingir os seus objetivos.  Nesse caso, devem ser levados em conta os atores envolvidos no processo, repensar a relação histórica da população com os órgãos de segurança pública e difundir, de forma sistemática e ordenada, as novas formulações e propostas.

 Referindo-me ao debate sobre as Unidades Policiais Pacificadoras – UPPs, que está na ordem do dia, é importante observar que ela, nos mesmos termos do paradigma vigente, não considera outros atores no processo de ocupação do território. Ela é, basicamente, uma ação policial. Em especial, ela desconsidera em sua ação os moradores das áreas onde acontece a intervenção. O exemplo mais expressivo foi o fato de policiais assumirem a direção da Associação de Moradores da Favela do Batan, fato gravíssimo e cujas implicações foram ignoradas pela mídia. Do mesmo modo, o poder de regulação da ordem social por parte dos comandantes das unidades que atuam em outra favela dá a sensação de que houve, simplesmente, uma mudança de “dono”, pois a lógica anterior prevalece.

Temos, de fato, um processo em que a regulação da vida social nessas favelas deixa de ser feita por grupos armados e passa a ser feita por representantes do Estado, de maneira autoritária e, em alguns casos, com violação de direitos. A questão para mim, nesse caso, é se temos aí uma experiência que garante direitos básicos dos moradores de favela no campo da segurança ou se é mais um projeto centrado no controle autoritário do espaço local e mais preocupado com os seus efeitos midiáticos do que com os direitos fundamentais dos moradores.

2. Qual a relação entre Educação e Segurança Pública e quais têm sido os desafios das escolas, das instituições e projetos de educação na Maré em lidar com os conflitos locais?

         A relação entre Educação e Segurança Pública, assim como outras necessidades básicas - saúde, cultura, lazer, habitação etc – apresenta-se dentro do campo dos direitos primordiais de cada cidadão. Infelizmente, nos territórios das favelas e periferias esses direitos fundamentais não chegam a todos os moradores. No caso da segurança pública, o problema ainda é mais grave, pois esse direito não chega a morador algum; todos estão sempre em risco de sofrer as consequências de uma estratégia falida de segurança, centrada apenas no combate a um tipo específico de crime, no caso, a venda de drogas nas favelas.

 No caso da Educação, temos hoje um quadro quase de universalização do acesso no país, com mais de 97% das crianças matriculadas na escola. A democratização do acesso, portanto, à educação desses brasileiros foi quase inteiramente garantida, embora seja ainda um escândalo termos mais de um milhão de crianças sem acesso a um direito tão essencial.

A partir da democratização do acesso, afirmou-se de forma premente o desafio da qualidade do ensino na maioria das escolas públicas e privadas. Nas favelas, essa questão é ainda mais urgente. Dentre muitas razões, os limites na qualidade do trabalho pedagógico nas favelas são agravados pelos conflitos nela comuns. Eles geram um alto grau de violência letal e comprometem o cotidiano das unidades escolares, bem como de outras instituições; no caso da Maré, essa situação é gravíssima.

Entendo que tem havido, até o momento, certa passividade e omissão das autoridades e dos atores locais a respeito dessa restrição de direitos, no sentido de se pensar o que cada um tem a ver com esse problema. A interrupção das atividades escolares causadas por interferências externas, o medo de se criar situações nas quais os dirigentes sejam questionados e, mesmo, colocados em risco, têm gerado uma situação de imobilidade e inércia que acarreta a perda de sentido e da missão a que as organizações educacionais se propõem.

Penso que a não aceitação, a indignação, a resistência, a mobilização dos moradores, baseadas na compreensão de que é necessário romper com a lógica de que não se pode fazer nada nesse caso, são práticas fundamentais para a garantia da soberania do Estado de Direitos, como apontei na questão anterior.


3. Qual a importância do I Seminário de Educação da Maré para o processo de superação desses desafios?

       O I Seminário de Educação na Maré é resultado de um processo de trabalho conjunto que a Redes de Desenvolvimento da Maré vem realizando junto às escolas da Maré. É um marco, no sentido de rompermos com a lógica de que não se pode fazer nada em relação ao conjunto de questões que interferem no cotidiano escolar. É uma iniciativa que mostra a possibilidade e a força organizada dos profissionais de educação. Viabilizar esse encontro significa, ainda, que começamos a olhar de outra forma para a violência cotidiana, que tem determinado e regulado a vida social dos moradores da Maré. É, sem dúvida, a chance que temos de nos envolver com uma questão pela qual somos diretamente afetados e que tem restringido em muito os direitos dos moradores locais.

            O resultado dessa iniciativa será o planejamento conjunto de todas as escolas de ensino fundamental da Maré, no sentido de melhorar o desempenho escolar dos alunos, bem como a busca de que as unidades escolares da região alcancem os desejáveis indicadores educacionais.

domingo, 25 de outubro de 2009

Mapa do Fundão

A comissão organizadora do I Seminário de Educação da Maré: refletindo sobre o ensino fundamental preparou um mapa para orientar os participantes a chegarem ao local.


Acesse o mapa aqui

Dia do seminário: 07 de novembro de 2009
Horário: 8h às 17h
Local: Centro de Ciências da Saúde – CCS – na Ilha do Fundão
Auditório: Auditório Quinhentão
Mais Informações: (21) 3105-5623

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Jornal Extra divulga o seminário

O I Seminário de Educação da Maré foi divulgado pelo Jornal Extra, no dia 16/10/2009.

A publicação da notícia, demonstra a importância da realização do evento para a cidade do Rio de Janeiro, uma vez que iniciativas como estas podem servir como incentivo a outras intâncias do poder público e da sociedade civil para refletirem coletivamente sobre as questões educacionais e sociais de modo geral.

Confira a notícia no link Seminário de Educação no Extra

Carta aos professores

Professor (a) da Maré !
A Redes de Desenvolvimento da Maré (REDES) é uma Instituição Não-Governamental, ou seja, ela não foi criada pelo governo nem como empresa privada. Ela foi fundada por pessoas que atuam no movimento social, que trabalham juntas em prol de um ideal comum, de um mundo melhor. O nosso entendimento é que devemos criar ações exemplares que possam influenciar os poderes públicos na elaboração de políticas voltadas para as áreas onde residem as populações mais pobres da cidade. Nos une, acima de tudo, o desejo de criar na Maré, esse conjunto de 16 favelas, um projeto, uma ação, um movimento que contribua para a melhoria da qualidade de vida de todos os moradores. Tudo isso a partir do envolvimento e da participação da população local. 



Nosso objetivo maior é promover a construção de uma Rede de Desenvolvimento Sustentável na Maré que articule indivíduos, os órgãos públicos, as empresas e outras organizações sociais. Para tanto, os projetos da Redes da Maré têm como eixo central a construção de iniciativas que ajudem a resolver os problemas estruturais da Maré, sempre em articulação, pois só acreditamos que as coisas podem de fato mudar quando as fazemos juntos, reunindo as pessoas que acreditam que é possível melhorar o mundo e o seu lugar. Nesse caso, a mobilização comunitária é fundamental. Os objetivos gerais que propomos se materializa em um programa de desenvolvimento da Maré que melhore as condições de educação, de comunicação, cultura, direitos humanos, segurança pública, geração de renda e empregos etc. Acreditamos que a partir da articulação entre muitos grupos e pessoas podemos construir uma intervenção global e de longo prazo na Maré, em diálogo com o conjunto da cidade do Rio de Janeiro. 


Um exemplo concreto do tipo de ação que propomos foi a realização da I Conferência Livre na Maré sobre Segurança Pública. Articulada pela Redes, a iniciativa reuniu, no dia 28 de junho de 2009, centenas de moradores e dezenas de organizações da Maré, todas voltadas para que possamos buscar caminhos para resolver os problemas que sofremos no campo da violência cotidiana. Vemos que a partir dessa artculação outras iniciativas que envolvem moradores vem acontecendo. No caso específico da Educação, a Redes da Maré desenvolve o Programa Criança Petrobras na Maré, em parceria com 8 escolas de ensino fundamental e uma creche comunitária. O intuito maior dessainiciativa é a valorização da escola pública, com foco na melhoria da qualidade do ensino e na articulação dos vários segmentos (professores, direção e funcionários de apoio das escolas, pais e alunos) para que efetivem ações que, de fato, garantam o direito à educação de qualidade às crianças e adolescentes da Maré. 


No espírito apontado acima, a Redes da Maré, vem discutindo junto a IV CRE e a Secretaria de Educação a necessidade de se construir na Maré momentos de refl exão e articulação junto aos profi ssionais da educação que atuam na região. A proposta, então, de realização do I Seminário de Educação na Maré: refl etindo sobre o ensino fundamental se insere nessa perspectiva. E nesse contexto que nasceu a proposta do Seminário, que esperamos ser o primeiro de muitos outros momentos de encontro e reflexão que se configurem no reconhecimento do potencial que os profi ssionais da Maré tem de criar um projeto no campo da Educação, de fato, inovador e que considere as características e os problemas decorrentes das escolas onde atuam.


Por que participar do Seminário de Educação da Maré?
Entendemos ser essa uma oportunidade ímpar no sentido de se criar, a médio e longo prazos, um projeto de educação, o qual todos os profi ssionais da educação atuantes na Maré, os pais e os alunos se reconheçam como sujeitos ativos do processo de garantia de uma escola de qualidade para os moradores da Maré. Além disso, é o momento de se defi nir como utilizar, de maneira racional e efi ciente, os recursos destinados as escolas da região, a partir da necessidade de cada unidade escolar.
É essa, antes de tudo, uma iniciativa que visa o planejamento estratégico no campo da educação numa região que necessita de ações estruturantes e integradas para alcançar niveis consideráveis e aceitáveis no que se refere a garantia do direito à educação a população ali residente. Por essas e outras razões o professor é imprescindível para a mudança e o salto ousado que queremos dar na Maré para garantir que todos (a) alunos (s) se qualifiquem como sujeito de direitos e possam atuar de maneira transformadora na realidade onde vivem. 

Portanto, mas do que um momento formal de encontro dos profi ssionais de educação da Maré é esse um espaço no qual você, professor (a), será o sujeito ativo das mudanças que considerem importantes para a sua prática e envolvimento com educação da região.
Faça parte dessa mudança ! Seja um agente da mudança que queremos ver na Maré, na nossa cidade, no nosso país e no mundo!

I Seminário de Educação da Maré: refletindo sobre o ensino fundamental

Inscrições
As inscrições para o seminário estão encerradas.

Publicação
Como desdobramento do seminário será publicado o livro "Escola, Violência e Segurança Pública: caminhos possíveis para a melhoria da Educação na Maré". A Redes da Maré, através do Núcleo de Pesquisas em Favelas e Espaços Populares, está recebendo os artigos dos profissionais de educação da Maré. Participe! Compartilhe e divulgue suas produções acadêmicas, artigos e relatos de experiência.

Acesse aqui o edital final.

Faça o download do edital.

Agenda
Saiba mais sobre a programação do dia clicando em Agenda

Faça o download da programação aqui.

Alimentação
Informamos que a comissão organizadora negociou com o Restaurante Fundão Grill para fornecer a alimentação no dia do Seminário. O kilo custa R$ 22,90 e o estabelecimento não aceita cartão de crédito, aceitando como forma de pagamento apenas cartão de débito e dinheiro.


Como chegar

Veja como chegar ao local do seminário, acessando o Mapa do Fundão.

Dia do seminário: 07 de novembro de 2009
Horário: 8h às 17h
Local: Centro de Ciências da Saúde – CCS – na Ilha do Fundão
Auditório: Auditório Quinhentão
Mais Informações: (21) 3105-5623